quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Amada Guerreira

Uma homenagem a todas as mulheres que VENCERAM OU ESTÃO LUTANDO CONTRA O CÂNCER.



Lembro-me de quando novos de casados;
Do teu sorriso e dos teus negros cabelos;
Hoje, só vejo o teu olhar cansado;
Cabeça lisa, preocupada e com receios;

Aquela boca que vez em sempre me envolvia;
Ultimamente só a encontro a soluçar;
E de quando, sem pudor, tu te despias;
Hoje, escondes tu, do meu olhar;

Amada, não me casei com teus cabelos;
Apesar de lindos e de também me conquistar;
Não me casei com os teus bonitos seios;
Que não os  tem, foram levados, pelo mar;

Não me refiro, ao mar de salgadas águas;
E sim, do mar de dor, câncer chamado;
Mas nesse mar, de tristeza cheio de mágoas;
Estou contigo, estarei sempre em teu barco;

Querida, não chores mais, não chores não,
Não se magoe porque se foram os teus seios,
O principal permaneceu, seu coração;
Tenha fé, estou contigo, não tenhas medo.

Sofro, ao sentir a dor que agora sentes;
Pela perda daquele corpo que tivera;
Quero que saibas, és tu, meu maior presente;
Independente do que tinhas e de como era;

Amo-te, amada minha e estou feliz;
Porque o câncer não a pode levar embora;
Você é a mulher que eu sempre quis,
Eu a amo, jogue essa tristeza fora.

Guerreira, lutadora, minha querida;
Feliz estou, porque tu estas comigo;
Outra chance de viver, te deu a vida;
E o resto dela, estarei sempre contigo.

VAMOS LUTAR CONTRA O CÂNCER DE MAMA. Já fez o seu exame? Vou fazer o meu!

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Poema: Maior presente

(por Raquel Lisboa)

Um dia, o Senhor, me enviou;
Um presente que não era merecido;
Merecedora, porém, Ele me tornou;
Ao entregar-te, para mim, querido filho;


Com minhas broncas, sei que o deixo mui zangado;
Às vezes áspera, eu sou ao lhe ensinar;
Mas saibas que estarei sempre, ao teu lado;
Por toda a vida, sempre que tu precisar;


O seu sorriso, para mim, é uma riqueza;
Tê-lo em casa, uma grande alegria;
Não existe, em outro canto, outra beleza;
Maior que tu, meu filho és, a minha vida.






sábado, 29 de novembro de 2014

8. Resenha do livro: A terceira moça - Agatha Christie - Poirot

Resenha do livro:  A terceira moça
(por Raquel Lisboa)
Autor: Agatha Cristie
Editora: L&PM

5/5 Estrelas

Norma é uma garota problemática que na infância tinha adoração pelo pai. Em suas memórias, recordava-se vagamente dos momentos que viveram juntos, quando era ainda, uma criança. Todavia, uma mulher chamada Louise, roubara o coração do seu amado pai e juntos fugiram para outro país. Apesar de nunca deixar faltar-lhe nada, no quesito financeiro, pois eram ricos, Norma sentia falta do afeto paterno, visto que sua mãe tornara-se uma mulher fria e amargurada. Quinze anos se passaram, sua mãe já era falecida, e o pai Andrew retorna para casa, casado  com  outra mulher, pois Louise fora apenas uma paixão momentânea.  

Norma encontra em sua gaveta um vidrinho de erva daninha e tudo indica que tentara matar a madrasta envenenada. Porém, ela não se recorda de nada, mas todas as evidências apontam para ela.
Um assassinato ocorre em seu prédio e mais uma vez, Norma tem fortes ligações com o caso, mas não se lembra... Tudo indica que a moça  tem problemas mentais, mas ninguém sabe ao certo. E foi em um dia de muito desespero e amargura que a jovem procura Poirot, dizendo: “ Acho que cometi um assassinato”.  Assustada com o que acabara de dizer, a garota foge, abandonando os serviços do detetive. 


O que Norma não imaginava é que as células cinzentas de Poirot começaram a funcionar a partir daquele momento, e com a ajuda da Sra. Oliver, o detetive inicia sua investigação para descobrir se de fato a garota é assassina ou inocente, louca ou dissimulada com, praticamente, nenhuma pista. Começa uma corrida contra o tempo para evitar outro possível assassinato e, mais uma vez, como todas as tramas da rainha do crime, o caso é solucionado de uma maneira gloriosa. Sim, gloriosa. Numa época em que não há as tecnologias atuais, Christie mostra que uma pessoa gananciosa e inteligente consegue enganar a polícia, mas que se tiver a infelicidade de deparar-se com outrem tão inteligente quanto, a história muda de final... O caçador torna-se a caça e mais uma vez, temos a ratificação de que a mentira tem pernas muito curtas...
Indicado para quem gosta de suspense e romances policiais.

Quer aventurar-se? Disponho do livro para trocas... Caso tenha interesse, preencha o formulário!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Poema: Adeus

(por Raquel Lisboa)



"Eita, Morte! Sua Inimiga da Vida! Pesadelo dos sonhos! Pranto dos risos! Sorrias, né? Porque sabes que de ti ninguém escapa." 





O tempo passou muito ligeiro;
E não pude demonstrar tudo o que sinto;
Você, partiu prá sempre, muito cedo;
Se foi, não volta mais, partiu sucinto.

Deixou uma tristeza muito infinda;
Em meu sorriso, um riso triste, de amargura;
De ti, lembro-me muito e, sei que ainda;
Para sempre, minha amizade, será tua.

Tudo a minha volta traz saudade;
Mas procuro, dentro de mim, manter a calma;
Se desejar, viver bastante, for vaidade;
E quanto a ti, partiu tão jovem, dói na alma.

Mesmo que, os nossos planos, terminaram;
E a tristeza, se apoderou, com sua partida;
Quero que saiba, suas lembranças, não findaram;

No coração, sempre a terei, querida amiga.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Poema: O meu mal é te querer

(por Raquel Lisboa)



Eu não entendo o porquê te quero tanto;
Se tu me amas, não consegues demonstrar;
Ficas com outras, esse é o meu grande pranto;
Eu só queria poder deixar de te amar.


Eu não consigo ficar sem, tua presença;
Mesmo ciente, de que és motivo de minha dor;
Muita tristeza, mágoa é, minha sentença;
Alto é o preço, por eu lutar, por teu amor.


Mas eu espero, tê-lo um dia ao meu lado;
Tua presença e o teu amor, também;
Espero tê-lo só por mim, apaixonado;
Todinho meu, somente meu e de mais ninguém.





sábado, 27 de setembro de 2014

7. RESENHA DO CONTO – O Vampiro de Sussex

(por Raquel Lisboa)

Uma esposa amorosa e afetuosa é vista mordendo o pescoço de seu próprio bebê. Por algumas vezes, foi surpreendida maltratando o enteado de quinze anos, que ao sofrer um acidente na infância, ficou manco.

Fatos que não condiziam com a doçura e o encanto daquela mulher. O pai de família, apavorado, busca refúgio em Sherlock Holmes, mesmo considerando o seu caso perdido.
Seria a sua mulher, uma doente mental ou uma vampira?

Esse conto, muito bem escrito pelo Sir. Conan Doyle, traz em algumas páginas um incrível mistério que só é desvendado pelo próprio autor. Por diversas vezes, coloquei o meu senso investigativo em prática, para tentar solucioná-lo, em vão.

Ciúmes, mágoa, inferioridade, inveja, são descritos de maneira sucinta nesse conto maravilhoso e, não é difícil acreditar que uma pessoa, movida por tantos sentimentos maléficos, cometa qualquer tipo de atrocidade.

O conto é curtíssimo, levei vinte minutos para lê-lo, sorvi cada  palavra com tanto interesse, que fiquei triste quando acabou.
Sir. Conan Doyle mostrou que para escrever bem, não é preciso escrever muito. Algumas poucas palavras conseguem nos prender e, ainda, nos trazem lições de vida.

Recomendável a todos que curtem uma boa dose de mistério.

Para ler ou baixar o livro clique aqui

terça-feira, 26 de agosto de 2014

2. Soneto Amizade Finada

(por Raquel Lisboa)


Quando lembro-me de tudo o que passamos;
Das nossas conversas e do seu sorriso;
Pergunto-me agora, por onde andamos...
Onde andas tu, querido amigo?

Lembro-me de tudo o que nos prometemos;
Entre as juras, amizade acima de tudo;
Acreditamos eis o erro que cometemos;
E agora nós dois estamos em luto.

Luto, não por morte de vida;
E sim, pela amizade finada;
Assassinada, aos poucos se extirpou;

Foi-se e deixou uma ferida;
Mágoa infinda e não cicatrizada;
Por acharmos que duraria e não durou.