sábado, 6 de julho de 2013

Ponto de Vista 2 - Filhos órfão de pais vivos - A Babá Eletrônica

(por Raquel Lisboa)


   Atualmente as crianças ocupam o seu tempo com videogames e internet.
Já não sentem o sabor de brincar de bonecas, bolas, pique-esconde, pular amarelinha, corda, etc. Essas brincadeiras são coisas do passado.
     Com a modernização a infância é furtada aos poucos. Meninas com treze anos, muitas vezes trazem um filho no ventre, a paternidade também acontece precocemente acompanhada de brigas e discórdia entre familiares.
          A culpa é de quem? Da internet?
Não. A internet traz muitos benefícios para a sociedade e serve para descomplicar a vida das pessoas. O erro está em sua utilização desenfreada, assim como nos jogos de videogames, desenhos e filmes de entretenimento.
          O vício nunca foi considerado algo bom, independente do que seja. Tudo aquilo que ultrapassa o limite, prejudica.
Os culpados são os pais que devido ao trabalho, seus amigos de redes sociais e sua vida adulta deixam a sua maior riqueza a mercê da babá eletrônica.

          E quando falo em babá eletrônica, me refiro ao uso descontrolado de TV, videogames e internet. Criança dá trabalho e requer atenção. Nada melhor do que colocá-los em frente a algo assim para dar um pouco de paz.
          Só nos damos conta do prejuízo, quando nossos filhos estão agressivos devido aos desenhos e aos jogos violentos, quando apresentam pouco rendimento escolar ou nossas filhas envolvem-se com desconhecidos através de bate-papo em redes sociais.
O X da questão é que infelizmente, gostamos das mesmas coisas que eles e nos deparamos com uma encruzilhada. Não sabemos qual caminho  seguir e qual atitude tomar.
           Como aconselhar nossos filhos, se muitas vezes nós mesmos somos escravos dos mesmos vícios?
É a mesma coisa de um pai  falar para o filho que cigarro faz mal para a saúde, com um nos lábios.
A atitude tem que partir de nós. Se não temos rédeas contra a nossa própria vontade, se não conseguimos dominar nossos desejos, como poderemos impor autoridade as nossas crianças?
          Quantas vezes, quando estamos em alguma rede social, a criança pergunta alguma coisa e nós nem ouvimos?
Quando dispomos de um pequeno espaço de tempo para ler alguma história para eles? 
Raramente... Porque sempre temos algo muito mais importante a fazer.
          Em que momento os filhos dispõem de tempo para dialogar conosco? Nunca, porque sabem que nós não lhes daremos a devida importância e também porque encontram nos meios eletrônicos e virtuais a atenção que necessitam.

          Somos pais somente na hora de cobrar boas notas na escola e respeito com os mais velhos.
Na hora de dar afeto, compramos infinitos jogos de videogame, desenhos para assistir e até disponibilizamos a net, que cumprem o nosso papel.
E o resultado disso, nós vemos por aí. Gravidez precoce, drogas, enfim...
          Não basta só colocar no mundo, dar roupas, brinquedos e calçados... Ser pai e ser mãe é uma dura missão e vai muito além.
Ex-marido, ex-mulher, ex-namorado (a), é o que mais tem pelo mundo afora...
 Mas nunca ouvi dizer que existisse ex - filho...
          Pensemos nisso. O futuro de nosso maior tesouro, também depende de nós.
“São as pequenas atitudes que fazem a diferença.”

Fica a dica.

Imagens retiradas de: http://br.freepik.com 

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